Se não vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos Céus
Categoria: Família

Outubro chegou!!!

E para muitas de nossas crianças, é um dos meses mais importantes, já que em vários lugares há festividades para se comemorar o "seu dia". Não que nos outros meses não seja lembrada, mas, especialmente, neste, para todos os lados em que se olha, há algo sugerindo uma comemoração. Nas escolas há uma semana especial só para elas, com brinquedos diferentes, piquenique, sessões de cinema, passeios... O comércio aproveita a data para fazer render um dinheirinho. Em casa, as famílias se reúnem para brincar com o que foi adquirido ou com brinquedos construídos e, fazem questão de resgatar a importância da infância, do brincar.

E na Igreja, a criança só é lembrada neste dia denominado "Dia das Crianças"? Não! A história das crianças na Igreja vem de muitos anos.

Por meio das passagens bíblicas, vemos Jesus afirmando que o Reino dos Céus é das crianças e para que entremos nele, precisamos ser como elas. Mas o que seria ser como uma criança? Seria voltar ao tamanho de criança apenas?

Padre Zezinho, de um modo especial, nos ensina que para ser como criança, é preciso "Amar como Jesus amou, sonhar como Jesus sonhou, pensar como Jesus pensou, viver como Jesus viveu!" Este é o segredo!

E em nossa Paróquia, este é o segredo ensinado. Escrevo, especialmente, sobre a experiência nas Missas com Crianças. Vocês bem sabem como é a criança: ou ela se interessa por algo ou simplesmente, ignora. Quanto tempo presenciei crianças indo à missa sem muito interesse, contando os minutos para comer pipoca. Porém, hoje é gratificante vê-las participar de cada serviço ao longo da missa, seja na Liturgia da Palavra, no Serviço do Altar, no cantar e tocar... Há um brilho inexplicável nos olhos de cada uma.

A criança tem o dom de contagiar, de reunir, de fazer os planos do papel acontecerem. Elas demonstram o quanto precisam ser crianças e crianças felizes. Ter uma infância saudável.

Foto: Coral da Missa das Crianças

Nós, adultos que somos, devemos ser responsáveis pelas boas referências, por mostrar-lhes na prática, valores essenciais para amar como Jesus amou. Portanto, somos chamados a formar bons cidadãos a partir da fé cristã, sendo exemplos vivos para cada um desses "toquinhos de gente".

Te convido a ser Igreja Viva, a trilhar caminhos de construção e fé. Vem ser criança!!


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MÊS DA BÍBLIA: Para entender o livro de Miquéias
Categoria: Igreja em saída

O profeta Miqueias atuou entre 725 e 701 a.C., no reino do Sul, sobretudo no reinado de Ezequias. Ele era natural de Morasti, uma aldeia no interior de Judá, perto da cidade de Gat, cerca de 33 km de Jerusalém. Ele viveu em meio a uma realidade de conflitos e de sofrimento, especialmente da população camponesa, vítima dos grandes proprietários de terra e do exército.

Nesse contexto, o profeta, de maneira corajosa, denunciou as autoridades civis e religiosas que oprimiam os pobres, especialmente a população camponesa. Eis o seu grito contra os governantes de Jerusalém, a capital de Judá, o reino do Sul: “Vocês são gente que devora a carne do meu povo e arranca suas peles; quebra seus ossos e os faz em pedaços, como um cozido no caldeirão” (Mq 3,3).

A sua aldeia, Morasti-Gat, era marcada pela presença constante de militares e funcionários da corte de Jerusalém, que cometiam crimes de abuso de poder para cobrar impostos, recrutar camponeses e extrair seus produtos agrícolas. Guerras, violência, expropriação de terra e muito sofrimento é a realidade cotidiana da população camponesa, grupo que Miqueias chama de “meu povo”.

No tempo de Miqueias houve muitas guerras. Com Teglat-Falasar III (745-727 a.C.), a Assíria tornou-se um grande império, invadiu países e impôs pesados tributos sobre eles. Israel, desde 738 a.C., e também Judá, desde 732 a.C., passaram a pagar tributos para os assírios. Em 722 a.C., a Assíria invadiu Israel e destruiu Samaria. Milhares de israelitas buscaram refúgio em Jerusalém e em Judá. Jerusalém, nessa época, aumentou de mil para 15 mil habitantes.

Com aumento da população, houve maior produção, estimulando a ganância dos poderosos. Nesse período, o rei Ezequias centralizou o culto em Jerusalém, destruiu os santuários do interior e enfraqueceu a organização e a autonomia dos camponeses\as. O rei fortificou as muralhas de Jerusalém, e das cidades da fronteira, invadiu a filisteia e entrou em guerra contra a Assíria. Em 701 a.C., Senaquerib, rei da Assíria, invadiu Judá, destruiu 46 cidades fortificadas, cercou Jerusalém e exigiu a rendição de Judá (Mq 1,8-16, 2Rs 18,13-16). Mais mortes, mais tributos e mais trabalhos forçados para o povo!

Miqueias pode ter sido um agricultor, um ancião, representante de um lugarejo. Ele atuou como porta-voz das pessoas oprimidas contra o grupo dirigente: chefes, governantes, sacerdotes e profetas de Jerusalém (Mq 3,11). Ao contrário dos profetas da corte, ele não se deixou corromper pela ganância e pelo lucro, mas se autoafirmava como homem "repleto de força, do espírito de Javé, do direito e da fortaleza para denunciar a Jacó o seu crime e a Israel o seu pecado" (3,8).

Os capítulos 1-3 do livro de Miqueias foram escritos no fim do sec. VIII a.C. Período no qual a Palestina era dominada pelo império assírio. O texto apresenta a dura realidade do povo, esmagado pelos tributos entregues ao império e aos dirigentes de Judá. Além do mais, no dia a dia o povo era explorado pelos fazendeiros, militares e governantes de Jerusalém.

A vida da população camponesa estava ameaçada: perda da família, casa e terra. É a real ameaça da desintegração e perda da sua identidade familiar-comunitária. A vida de muitos povos hoje também é ameaçada. Que nós e nossas comunidades estejamos dispostos a renovar nossa aliança com o Deus da vida e junto com o povo caminharmos rumo a um novo êxodo. Que possamos realizar o apelo profético: "praticar o direito, amar a misericórdia, caminhar humildemente com o seu Deus" (Mq 6,8b).


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Exaltação da Santa Cruz
Categoria: Processo catequético

A Festa da Exaltação da Santa Cruz surgiu no ano de 355, por ocasião da inauguração das duas grandes basílicas na cidade de Jerusalém: a do Calvário e a do Santo Sepulcro. A construção destas duas basílicas foi ordenada pelo imperador Constantino.

O lenho da cruz foi descoberto por Santa Helena. A cruz tem um lugar muito especial na nossa devoção. Esta cruz, queridos irmãos, tinha sido levada para a Pérsia e depois retornou a Jerusalém. Para nós cristãos a cruz é um ponto de referência muito importante para a nossa fé e para a nossa esperança. Foi pela cruz que Cristo nos salvou e nos libertou; ela simboliza o preço pago pela nossa salvação.

Nesta celebração, somos convidados a agradecer a Deus pela entrega livre, por amor, de Nosso Senhor Jesus Cristo, para a nossa salvação. No diálogo de Jesus com Nicodemos nós vemos, no Evangelho de São João (João 3,13-17), que Cristo compara Sua crucifixão com a serpente levantada no deserto sobre uma haste, por Moisés.

Os israelitas, ao atravessar o deserto, rumo à Terra Prometida, eram picados por serpentes venenosas. E protestavam contra Deus por tê-los tirado do Egito e tê-los conduzido por aquele deserto marcado por tantos obstáculos.

Moisés, então, ergueu esta haste, como uma serpente do deserto, para que aqueles que fossem picados por elas pudessem ser salvos ao olhar esse objeto. Assim também, diz Jesus no Evangelho, é necessário que o Filho do Homem seja levantado para que todos os que n'Ele crerem tenham a vida eterna.

Jesus Cristo, pouco antes da Sua Paixão, havia declarado aos Seus apóstolos que, quando Ele fosse levantado da terra, atrairia todos para Ele. Dizia isso indicando por qual tipo de morte iria passar. Jesus humilhou-se, tornou-se obediente até a morte. Por isso, Deus o Oexaltou e Lhe deu um nome que é superior a todo nome.

O caminho da cruz, também, se torna um caminho de luz, caminho de ressurreição. Quem quer seguir Jesus, precisa negar a si mesmo, pegar a sua cruz do dia a dia e segui-Lo. O discípulo de Cristo precisa segui-Lo em todas as circunstâncias, não só nos momentos alegres, mas também nos de dificuldade. Precisamos assumir a nossa cruz e seguir Jesus oferecendo nosso sofrimento, em união com a cruz d'Ele. Nós sabemos que, no tempo de Jesus, a cruz consistia numa haste vertical fixada no chão e uma trave horizontal que era carregada pelo condenado até o local do seu suplício. O condenado era preso na haste e era levantado. Jesus carregou a trave horizontal de Jerusalém até o Monte Calvário, local de Sua morte. Nós, também, discípulos de Jesus, precisamos estar dispostos a carregar a nossa cruz, acompanhados de Cristo, com a certeza da vitória final, da ressurreição.

A cruz era instrumento de suplício, escândalo para os judeus, loucura para os pagãos, mas se tornou, depois da morte de Cristo, para nós cristãos, motivo de glória. Deus poderia ter escolhido outros caminhos para nos salvar, mas escolheu o caminho da cruz, do sofrimento. Não parou, evidentemente, na cruz, na Paixão. A Paixão conduziu Jesus à ressurreição, à vitória final sobre a morte, o pecado, o demônio.

Olhando para a cruz, que é sinal do amor maior de Deus para conosco, podemos ver como o Pai amou tanto o mundo - a ponto de mandar Seu Filho não para condenar o mundo, mas para salvá-lo.

Oremos: Salve, cruz bendita, fostes e és para muitos motivo de escândalo, para nós cristãos é memória da nossa redenção. Em ti fomos redimidos de todos os pecados, de todas as escravidões. Contemplando-te, assumimos a missão, também, de entregar a nossa vida como fez Jesus para que todos, no Senhor, tenham vida em plenitude. Em ti, vemos o sofrimento de Cristo e de todos os homens e mulheres do mundo. Dai-nos, Jesus, a graça de um dia, após a nossa peregrinação terrestre, ter a glória da ressurreição. Assim seja. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.


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Amoris Laetitia - Sobre o Amor na Família
Categoria: Família

O Papa Francisco publicou no dia 08 de abril de 2016 a Exortação Apostólica Amoris Laetitia (em latim), "A Alegria do Amor" (em português). O texto apresentado pelo Papa traz as conclusões de dois Sínodos sobre a família, realizados em outubro de 2014 e outubro de 2015.

O documento não é revolucionário do ponto de vista doutrinal, portanto, apresenta um avanço do ponto de vista pastoral. Representa uma mudança de reflexão uma vez que reconhece as numerosas razões pelas quais os casais, segundo o contexto social, cultural e mesmo sexual decidem conviver: "Em cada país ou região, é preciso buscar soluções mais culturalistas, atentas às tradições e aos desafios locais". Francisco defende a dignidade do matrimônio cristão para a vida toda, mas fala sobre quase todos os modelos de família.

O Papa Francisco enfatiza a necessidade da acolhida e do não julgamento. A chave para o documento é a misericórdia de Deus. Ele não questiona a doutrina da Igreja, defende o matrimônio em seus valores essenciais como a indissolubilidade, a procriação e educação dos filhos, a unidade dos cônjuges, portanto, age com misericórdia para com aqueles que não deram certo por vários motivos. O Papa diz que "o divórcio é um mal, e é muito preocupante o aumento do número de divórcios". "Por isso, sem dúvida, a nossa tarefa pastoral mais importante relativamente às famílias é reforçar o amor e ajudar a curar as feridas, para podermos impedir o avanço deste drama do nosso tempo".

O Papa retoma e enfatiza a posição da Igreja que condena o aborto. Sobre o que se denomina "sexo seguro", no capítulo sobre a educação sexual para crianças assim escreve o Papa: "Estas expressões transmitem uma atitude negativa a respeito da finalidade procriadora natural da sexualidade, como se um possível filho fosse um inimigo de que é preciso proteger-se". "Deste modo promove-se a agressividade narcisista, em vez do acolhimento".

Sobre a contracepção, Francisco declara: "Desde o início, o amor rejeita qualquer impulso para se fechar em si mesmo, e abre-se a uma fecundidade que o prolonga para além da sua própria existência. Assim nenhum ato sexual dos esposos pode negar este significado, embora, por várias razões, nem sempre possa efetivamente gerar uma nova vida". No entanto, mais adiante no documento, o Papa também reafirma e repete uma passagem do documento sinodal de 2015 que coloca a escolha para empregar métodos contraceptivos no domínio das decisões informadas pela consciência do casal. O documento rejeita "os projetos de equiparação das uniões entre pessoas homossexuais com o matrimônio".

Diz o texto, "não existe nenhum fundamento para assimilar ou estabelecer analogias, nem mesmo remotas, entre as uniões homossexuais e o desígnio de Deus sobre o matrimônio e a família".

Ele pediu aos sacerdotes de todo o mundo para acolher os gays e lésbicas, divorciados católicos e outras pessoas que vivem em situações que a Igreja considera "irregulares". "Desejo, antes de mais nada, reafirmar que cada pessoa, independentemente da própria orientação sexual, deve ser respeitada na sua dignidade e acolhida com respeito, procurando evitar qualquer sinal de discriminação injusta e, particularmente, toda a forma de agressão e violência".

O Papa Francisco afirma que os fiéis divorciados fossem acolhidos e não tratados como excomungados. Ele estende a mão aos divorciados que voltam a se casar e convida a Igreja a "fazê-los sentir que são parte da Igreja" e recorda que "não estão excomungados". "É necessária uma fraterna e atenta acolhida, no amor e na verdade, em direção a estas pessoas que efetivamente não estão excomungadas, como alguns pensam: elas formam parte sempre da Igreja". "Estas situações exigem um atento discernimento e um acompanhamento com grande respeito, evitando qualquer linguagem e atitude que faça com que sintam-se discriminados, promovendo sua participação na vida da comunidade".

Quanto a um dos temas que mais chama a atenção das pessoas e da mídia, dos divorciados recasados - questão tratada no número 300 do oitavo capítulo da Exortação - o Santo Padre explica que, efetivamente, há que considerar não só a norma como tal da Igreja, de que o matrimônio é indissolúvel, mas há que ter em conta as situações. Caso por caso.

Este discernimento para poder entender os casos se faz com as pessoas envolvidas, o sacerdote e a Igreja. É um trabalho de direção espiritual. O documento não dá normas, mas diz: 'consideram a situação de cada caso'. E a conclusão será do padre e das pessoas em questão. O que interessa é o discernimento e a integração das pessoas que necessitam, amadurecendo a consciência e a relação com a Igreja. No entanto, Francisco lembrou que a Igreja tem o dever de discernir situações diferentes, "por exemplo, entre os que sofreram uma separação e os que a provocaram". Neste caso dois termos importantes "discernimento" e "foro interno".

O Pontífice diz que a Igreja não deve continuar a fazer julgamentos e "atirar pedras" contra aqueles que não conseguem viver de acordo com ideais de casamento e vida familiar do Evangelho. Ele pede à Igreja que "valorize" as "uniões de fato" e reconheça os "sinais de amor" entre estes casais e que sejam "acolhidos e acompanhados com paciência e delicadeza". "A escolha do matrimônio civil ou, em outros casos, da simples convivência, frequentemente não está motivada pelos preconceitos ou resistências à união sacramental, e sim por situações culturais ou contingentes. Nestas situações, poderão ser valorizados aqueles sinais de amor de que, de algum modo, refletem o amor de Deus".

Ainda no capítulo sobre o amor no matrimônio, Francisco fala do "erotismo saudável que, se bem está unido a uma busca do prazer, supõe a admiração e, por isso, pode humanizar os impulsos".

"Durante muito tempo acreditamos que apenas insistindo em questões doutrinais, bioéticas e morais (...) sustentaríamos suficientemente as famílias, consolidaríamos o vínculo dos esposos e encheríamos o sentido de suas vidas compartilhadas", no entanto, segundo o Papa, cresceu a consciência dentro da Igreja de que é preciso acolher de maneira fraterna e atenta os batizados que tenham formado uma nova relação após um fracasso "sacramental".

O documento tem mais de 200 páginas, rico em conteúdo sobre a alegria do amor e por isto, precisa ser refletido, degustado, aprofundado e ensinado. É preciso lê-lo em sua totalidade e profundidade trazendo para nossas reflexões a beleza e positividade do amor e do matrimônio. Leia o documento não fique somente naquilo que a mídia passa. Cuide-se para não cair no erro da mídia que se prende a pontos polêmicos e casuais sem aprofundar no que é o mais importante do documento "A Alegria do Amor".

Ele dedica o quarto capítulo da exortação a uma consideração tocante e profunda sobre o amor no matrimônio, a partir do famoso texto de São Paulo sobre o amor como paciência, bondade, atitude de serviço, cura da inveja, amabilidade, desprendimento, perdão, etc. "Tudo o que foi dito não é suficiente para exprimir o Evangelho do matrimônio e da família, se não nos detivermos particularmente a falar do amor".

Termino com a exortação do Papa Francisco: "Não percamos a esperança por causa dos nossos limites, mas também não renunciemos a procurar a plenitude de amor e comunhão que nos foi prometida".


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A Importância dos grupos de jovens na Igreja
Categoria: Juventude

Foto: Sandra Felix / Pascom

"Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia." (Mt 5,7) Este foi o tema escolhido pelo Papa Francisco para a Jornada Diocesana da Juventude - 2016!

Bem-aventurado significa 'feliz'; Jesus afirma que a felicidade não está na vingança, mas no amor doado!

Em nossa Paróquia e Diocese, tal tema é vivido e experienciado de diversas maneiras, mas destacamos de forma particular as pastorais, os grupos e os movimentos juvenis, que buscam aprofundar esta característica primordial da identidade de Deus que é a misericórdia, especialmente neste período em que se celebra a Jornada Mundial da Juventude.

Segundo o Papa Francisco, a misericórdia é a melhor palavra que revela o mistério da Santíssima Trindade. Misericórdia - é o ato último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro. Misericórdia - é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa quando vê com olhos sinceros os irmãos que encontra no caminho da vida. Misericórdia - é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado (Misericordiae Vultus 2).

A palavra misericórdia tem sua origem em duas palavras latinas - miserere (ter compaixão) e cordis (coração) - ou seja, significa sentir o coração. Misericordioso é aquele que é capaz de sentir o coração do outro e sabe entender suas dores e fraquezas. Em outras palavras, misericórdia é uma postura humana diante do outro. É reflexo da graça de Deus que nos move à reconciliação, ao perdão, para que sejamos sinal do amor de Deus pela humanidade.

Assim sendo, nos movimentos e grupos de jovens da Igreja, cada cristão deve reger sua vida a partir da fé assumida pessoalmente e vivida intensamente através de gestos misericordiosos, assim como Jesus fez e ensinou.

Neste sentido, tem papel fundamental o setor juventude, o qual levará os jovens a decidirem a respeito do tipo de pessoa que querem ser, o que devem escolher, o que precisam deixar de lado e o que lhes parece imprescindível, pois o futuro, depende ou é resultado de nossas escolhas.

Quando o jovem encontra o Evangelho, por intermédio das pastorais, dos grupos e movimentos juvenis, acolhe o porquê último de sua vida, pois o mesmo apresenta novidades fascinantes. Diante disto, é papel dos grupos da Igreja oferecerem aos jovens uma lógica diferente daquela que lhes é proposta pela sociedade líquida, que difunde diariamente uma cultura do provisório, do descartável (Guimarães, Almir. Evangelização dos jovens. Revista de Espiritualidade Grande Sinal: Vozes, 2016).

De acordo com o Papa Francisco, "a Igreja precisa de vocês, do entusiasmo, da criatividade e da alegria que lhes caracterizam! Um grande apóstolo do Brasil, o Bem-aventurado José de Anchieta, partiu em missão quando tinha apenas dezenove anos! Sabem qual é o melhor instrumento para evangelizar os jovens? Outro jovem! Este é o caminho a ser percorrido por vocês!"(XXVIII JMJ no RJ em 2013).

Assim sendo, os grupos de jovens da Igreja devem possibilitar o encontro de um mundo diferente por meio dos valores vividos e pregados por Jesus Cristo. Esta é a tarefa primordial da Igreja, pois, somente por essa experiência de proximidade de Cristo é que brotará no coração de cada qual uma alegria interior.

Em nossa Diocese, essa proposta se concretizará através da Jornada Diocesana da Juventude (JDJ) que acontecerá de 29 a 31 de julho de 2016 na Paróquia Sagrada Família e na Catedral São Dimas, na região central. Este evento se caracteriza com o formato da Jornada Mundial da Juventude que será realizada na Cracóvia, Polônia.

Você que é jovem, é o nosso convidado especial para experienciar de forma profunda a misericórdia de Deus, através de muita animação, oração, catequese, peregrinação, adoração, teatro e shows, pois "a Igreja é jovem". "Vinde a Ele e não tenhais medo. Vinde dizer-Lhe do mais fundo dos vossos corações: Jesus, confio em Vós! Levai a chama do amor misericordioso de Cristo aos ambientes da vossa vida diária e até os confins da terra," nos exorta o Papa Francisco.


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